domingo, 24 de agosto de 2014

O sentido da amizade

O fim de semana parece ter durado uma eternidade. E isso é bom. Os ares de Ubatuba e de Paraty trouxeram frescor ao meu estado de espírito, ajudando a purificar meus sentimentos. E me preparando para esta semana, que será cheia. 
Minha avó irá operar amanhã. Ansiedade (quase) sob controle, eu tento não ficar pensando muito nisso. Os amigos com quem comentei estão me apoiando, eu consigo sentir pela sinceridade deles. E isso é tão bom! Até me faz repensar o sentido da amizade e que não devo "forçar a barra" com algo que nem mesmo nesse âmbito me deixa segura.
O que me traz a outro assunto, sobre o qual mais refleti nos últimos dois dias: existe amizade após o fim? Minha resposta seria: depende das circunstâncias. Estou tentando considerar, mesmo que seja algo que nunca fez parte da minha vida e da minha personalidade. Preciso sentir segurança quanto a manter tal amizade, algo que ainda não me convenceu.
Preciso pensar mais em mim e nas minhas necessidades. Se em outro âmbito não fui satisfeita, por que milagrosamente seria neste? Será que vale a pena criar expectativas sobre algo que acontece tão naturalmente? Afinal, ou a pessoa é leal ou não é. 
O verbo "merecer", que não gosto de usar, acaba vindo à minha mente. Acho muito relativo dizer que "alguém merece tal coisa" (mas a frase "você não me merece" continua sendo a mais cafajeste; da próxima vez que ouvi-la vou simplesmente excluir da minha vida quem disser). Para merecer dedicação e preocupação, deve concedê-las. Não quero mais me desgastar por tão pouco.

Antes que o rancor me acometa, prefiro pausar minha reflexão. Porque a mágoa e a decepção já estão retomando o curso, conforme as lembranças insistem em voltar - e não quero que a pessoa ocupe um lugar de tanto destaque no meu estado emocional.

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