quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Amálgama de sentimentos

Sou um amálgama de sentimentos: tudo junto, misturado e, às vezes, manifestando-se ao mesmo tempo. Sou geleira e vulcão, brisa e ventania, vale e montanha, deserto e oceano. Procuro me entender, enquanto os dias cessam e a noite engole o que sequer passou.
Há momentos em que cedo à Dor. Ela se aproxima com suas garras afiadas e me imobiliza. Sussurra e sopra um ar gélido que sobe pela espinha. O parasita do desânimo se aloja no corpo e na mente, impedindo-me de ao menos tentar.
Mas, também sorrio. Distraio-me com escapismos que tornam tudo mais suportável, tento me dedicar a alguma tarefa ou transformar o desabafo em uma conversa. 
Esquecer, não. Superar, sim.

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