sexta-feira, 5 de setembro de 2014

UbatuParaty

Há duas semanas, eu tive um dia cheio. Foi uma sexta-feira que começou cheia de trabalho, com prints para revisar, mala para arrumar e horário para cumprir. Três dias antes, encontrei um grande amigo, que havia me chamado para sair um pouco de casa e conversar e distrair. E veio o convite: passar o fim de semana em Ubatuba, com muito sol e mar.
Eu não sabia se de fato teria sol, devido à fama de a cidade ser chuvosa. Mas um clique aqui e outro ali, vi que o clima estaria ensolarado, com friozinho à noite. Perfeito para aproveitar a praia e ótimo para dormir. Ele indicou o Tribo Hostel, onde já havia ficado outras vezes. Confirmada a viagem (hospedagem reservada e passagens compradas), teria que esperar sexta chegar, terminar minhas tarefas e partir para a rodoviária.
Às 18 horas, estávamos na Tietê. Porém, não contávamos com o atraso de mais de uma hora do ônibus, o que fez com que chegássemos ainda mais tarde no hostel. Apesar do cansaço, a viagem de ida foi agradável. No caminho para Ubatuba, percebi o céu estrelado e aquele cheiro de mar e mata. A noite foi simplesmente para dormir e aproveitar o sábado. Porém, logo soubemos que em Paraty acontecia o Festival da Cachaça e o pessoal estava fechando uma van para a noite seguinte. Indecisos, deixamos para pensar sobre o passeio depois.
Conhecia Ubatuba apenas de passagem, nunca havia ficado na cidade. E é realmente um lugar exuberante. Eu nem curto muito praia, mas gosto da atmosfera desses lugares. Mesmo morando no Jabaquara, raramente vou (nota: moro quase encostada na rodoviária de ônibus para o litoral sul), pois banho de mar não combina muito comigo e a faixa de areia das cidades de fácil acesso costuma ser suja mesmo para uma caminhada.
As praias próximas ao hostel (Sununga, Lázaro e Domingas Dias) oferecem vista que vale a viagem. E com sol então... aquele céu azul emoldurando as ilhas ao fundo e o mar quase esmeralda refletindo a luz, as ondas batendo nas pedras e servindo de transporte para algumas pranchas. Eu realmente precisava disso e a viagem me ajudou naquele momento preciso.
Decidimos aproveitar o passeio e revisitar Paraty. Ah, Paraty...! Um dos meus lugares favoritos, aquele centro histórico fervilhando de gente e o prazer em encontrar algumas ruelas vazias, sentar na soleira e simplesmente admirar. Um lanche vegetariano e uma cachacinha apenas (Gabriela, com cravo e canela), não é preciso muito quando se está em Paraty.

Eu tive meus momentos de melancolia e voltei da viagem triste porque queria mais daquilo. O fim de semana havia sido longo e proveitoso, mas a rotina me desanimava. Foi bom para refletir, mas as conclusões só chegariam um tempo depois. E, hoje, relembro como aqueles momentos antes de uma viagem são gostosos - e melhores do que os de depois.

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