terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Agente-musa-diva Carter

Nestes últimos anos, deixei de assistir a um monte de série que gostava. O motivo? Não me empolgavam mais como antes. Dentre elas estão The Big Bang Theory, Modern Family e Parks & Recreation. As três começaram a ficar repetitivas e, por fim, eu nem estava mais me importando com o rumo das histórias e o destino dos personagens.
Fora séries britânicas e Veep, que está de férias, nenhum programa de humor tem me agradado ou chamado a atenção - dei até uma pausa em The Mindy Project. Sillicon Valley, que retorna logo, parece que vai ser mais do mesmo. 
Depois de rever Arrested Development, vai ser difícil outra série cômica recente me agradar tanto. Então, enquanto me divirto com a sagacidade bem-humorada de Adventure Time e Doctor Who, dedico atenção a outras séries que não são exatamente humorísticas. 

Em meio a tantas produções de universo Marvel e DC, a que realmente me deixou curiosa foi Agent Carter. O principal motivo é por ser focada em uma personagem feminina, que apesar de não ter super-poderes, é uma heroína: Peggy Carter. A série é ambientada na década de 1940 e tem direção de arte e figurinos de encher os olhos. Quem também enche os olhos é Hayley Atwell, que brilha como a protagonista: além de talentosa, ela é linda demais e tem aquele sotaque britânico de invejar. 
A atriz é, de longe, a mais bela e talentosa do universo Vingadores no cinema - ela esteve em Capitão América: O Primeiro Vingador. Fora que sua personagem é bem mais interessante do que qualquer mocinha vista na tela. Por isso, eu tinha bastante expectativa para conferir a minissérie dedicada à Agente Carter (a segunda temporada ainda não foi confirmada e, como tem apenas oito episódios, por enquanto é mini mesmo). 
E, felizmente, o programa me agradou bastante. A começar pelo contexto feminista, em que a mulher questiona seu papel na sociedade como mera secretária e copeira de homens que se definem superiores em qualquer aspecto. A história central, envolvendo roubo de tecnologia de Howard Stark, ajuda a inserir Peggy em um universo conhecido, seja para leitores de quadrinhos ou para o público que assistiu aos filmes. O roteiro contém diálogos sagazes que quebram qualquer monotonia. E a ação, bem, é naquele estilão exagerado da Marvel.
Além de Hayley Atwell, outro britânico que faz derreter com o sotaque e a elegância é James D'Arcy. Ele interpreta o mordomo de Howard Stark, Edwin Jarvis, que cai de paraquedas na missão para ajudar Peggy Carter a defender seu patrão, a quem é muito leal. Acredito que não poderiam ter inserido um personagem melhor do que Jarvis para fazer dupla com Peggy. O ator é igualmente uma escolha acertada.
Agent Carter pode estar apenas no começo, mas pelo início demonstra ser a série certa para o momento certo: em tempos de heróis machões e bombados, nada melhor do que uma heroína que não precisa fazer beicinho para derrotar seus adversários. (Sorry Scarlett Johansson.)


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