segunda-feira, 21 de julho de 2008

Confissões da carne

Eu tive um sonho: estava tentando desesperadamente me tornar vegetariana – e não conseguia. Já ouvi dizer que nossos sonhos ou pesadelos revelam algum desejo ou medo preso ao nosso subconsciente. Faz alguns anos que eu penso nessa questão do vegetarianismo, e agora essa reflexão se tornou mais frequente, não por influência de ninguém, mas por questão ecológica mesmo.

No dia seguinte ao sonho, no horário de almoço do trabalho,estava em um self-service. Naquele instante, com o prato nas mãos, relembrei o sonho. Decidi imediatamente que não comeria carne. Pronto. Uma refeição livre de assassinatos.

Hora do jantar, em casa. Adoro frango assado, mas optei por seguir minha decisão. À noite, me senti como o leão de Madagascar (aquela animação tosca da DreamWorks), obrigado a se tornar um vegetariano, mas que vê no melhor amigo a tentação de devorá-lo. Não foi por eu ter passado um dia inteiro sem comer carne – afinal, isso já aconteceu muitas outras vezes –, mas pela pressão que acabei impondo a eu mesma de ser, pelo menos por uma semana, vegetariana.

Na hora do almoço do segundo dia, consegui passar longe da carne – com um tanto de sacrifício, confesso. Só que o jantar não escapou. Senti-me, ao mesmo tempo, uma vítima da comida boa que minha mãe faz e uma traidora dos animais indefesos criados justamente para me alimentar, um ser humano preguiçoso e hipócrita.

Mas eu não desisti. Estou tentando, aos poucos, me tornar uma vegetariana. Espero o apoio de amigos, sejam eles herbívoros ou onívoros. É preciso ser paciente e ir aos poucos. E, sim, isso está parecendo um discurso de Onívoros Anônimos...

5 comentários:

Carrie Bradshaw Tupiniquim da Silva disse...

eu pretendo um dia ser vegetariana, como eu sempre quero defender os animais, me sinto contraditória, mas não sei se será nessa encarnação que chegarei nessa meta rss
beijos!
p.s. gostei muito do texto do português da folha, ele foi bem incisivo !

Alexandre disse...

Eu não tenho planos de virar vegetariano, mas respeito as pessoas que adotam esse modo de vida.

Se nós quisermos fazer um "upgrade" como espécie no futuro, sem dúvida temos que caminhar no sentido de comer o mínimo de carne possível.

Confesso que meu lado carnívoro é forte (quem sabe tem algo a ver com aquela teoria dos tipos sanguíneos e da herança genética), em outras palavras, meu "biotipo" é bem ancestral - rs-. Mas hoje, por exemplo, jantei uma bela lasanha de berinjela... com alguns pitecos de carne moída, é lógico. :P

p.s.: estava lendo esses dias que o metano do "arroto" da vaca é algo como 20 vezes mais nocivo à atmosfera que o CO2; taí mais um fator pra te animar na conversão ao vegetarianismo. -rs- ;)

Cristina disse...

Hoje em dia eu como menos carne que antigamente, mas acho que não conseguiria me abster totalmente. Tbém não pretendo me tornar vegetariana, pelo menos não num futuro próximo.

Cristina disse...

Ah, hj eu vi no "Troca de esposas" uma tiazinha que se alimentava de... sol! O.o

Tania Capel disse...

hauhauuahuahuah!
bem, boa sorte! eu como carnívora assumida, desisti de pensar em assassinatos! rs... rs!