segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

2010 em séries

Antes do post com meus filmes preferidos de 2010, que deve ser publicado no começo de janeiro, deixo aqui alguns dos meus preferidos da telinha. Eu não assisto TV, mas baixo algumas séries - e são pouquíssimas. Mas ainda assim resolvi fazer uma pequena resenha do que achei dessas que andei vendo em 2010.


The Big Bang Theory (4ª temporada) - Os produtores e roteiristas da série arranjaram uma "namorada" para Sheldon tão (ou mais?) estranha do que ele. Interpretada por Mayim Bialik, do saudoso seriado Blossom, a tal amizade colorida chega a irritar às vezes. Mas gostei da volta de Bernadette, a meiga namorada de Howard. The Big Bang Theory falha quando aborda situações relacionadas a sexo, exagerando nos diálogos, principalmente quando Amy Fowler, a garota de Sheldon, está envolvida. Compensa quando trata da nerdice do quarteto com a maior naturalidade do mundo.

Modern Family (2ª temporada) - Tão engraçada quanto a temporada anterior, mas mais emotiva. Os roteiristas deixaram Phil Dunphy mais sensível, o tornando um pai de família  carismático ao olhar do público. O casal gay Mitch e Cam se mostra não tão perfeito, enquanto Jay continua um rabugento, porém mais aberto a ter uma relação de pai e filho com o enteado. Não há excessos e os diálogos e situações continuam na medida certa. O talento de Sofía Vergara está sendo melhor aproveitado e agora ela já não causa mais a impressão de ser apenas a latina sensual da história.

Community (2ª temporada) - Tentaram colocar o ex-professor de espanhol Señor Chang no time do elenco fixo, mas ainda acho que o personagem de Ken Jeong é subaproveitado. E se o absurdo é a ideia principal de Community, essa temporada acaba soando forçada em vários episódios. Ultimamente, os personagens de Chevy Chase e Yvette Nicole Brown não têm outra função senão a de ser coadjuvantes irritantes. Apesar de ainda ter seus momentos engraçados, parece que a originalidade e o humor estão se esgotando a cada semana. E embora seja criativo, o episódio de Natal em stop motion chega a ser chato.

The Walking Dead (1ª temporada) - Uma das boas surpresas do ano. Baseada numa graphic novel, a série de zumbis deixa o terror um pouco de lado - mas não o suspense - e aborda dramas pessoais e questões de sobrevivência. Recicla o déjà vu de um grupo de humanos frente a uma situação apocalíptica graças ao ótimo desenvolvimento de personagens, evitando tratar a morte como um mero exercício para que equipes de maquiagem e efeitos visuais mostrem seus dotes.  E como não torcer para um herói que parece ser de carne e osso, como Rick Grimes (Andrew Lincoln)?

Boardwalk Empire (1ª temporada) - Produzida por Martin Scorsese, traz um elenco de nomes já consagrados pelo cinema (anota aí: Steve Buscemi, Kelly MacDonald, Michael Pitt, Michael Stuhlbarg, Michael Shannon, Gretchen Mol). Talvez eu tenha criado expectativa demais para a série - quem não criaria? -, mas não há o que questionar quanto às suas qualidades técnicas. É uma produção para se envolver aos poucos. Logo no início, senti falta de alguns personagens que pareciam ser meras muletas para o protagonista interpretado por Buscemi, mas voltei a acompanhá-la com um olhar mais concentrado na trama.

Sherlock (1ª temporada) - A BBC teve a ideia pouco original de criar uma série sobre Sherlock Holmes nos dias atuais. A inteligência e a obsessão continuam as mesmas, mas suas ferramentas de trabalho, quanta diferença! Sherlock é uma grata surpresa, com sua trama tanto inteligente quanto envolvente. Benedict Cumberbatch e Martin Freeman estão perfeitos como Holmes e John Watson, respectivamente. É um programa que deve agradar os geeks amantes de tecnologia, os fãs do personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle e quem procura por algo realmente bom para assistir.

The IT Crowd (4ª temporada) - O seriado britânico sobre um grupo de funcionários de TI que trabalha numa grande empresa ainda tem energia para uma quinta temporada. Agora, se vai conseguir se renovar é outra história. Eu, particularmente, nunca gostei muito do personagem Douglas Reynholm, o chefe incompetente e tarado, mas Moss, Roy e Jen formam um trio hilário. Assim como The Big Bang Theory, a série faz piada com nerdismos, geekismos e cultura pop, mas investe em diferentes situações inacreditáveis para explorar a personalidade bizarra dos protagonistas.

* Mencionei apenas os seriados cujas temporadas de 2010 acompanhei. Leia sobre mais séries neste post.

2 comentários:

Patty a.k.a. Delores Vickery disse...

Ah, dessas só assisto ao The Big Bang Theory, e ainda estou atrasada. :-( Mas estou super curiosa pra ver The Walking Dead e Sherlock!

Cecilia disse...

Também senti a mesma coisa sobre Boardwalk Empire lá no segundo episódio. Depois vi que estava equivocada - e vou além: se Steve Buscemi é o centro absoluto, ele há de tomar cuidado, pois Michael Pitt está prontinho para roubar as cenas. Não me importo tanto - para mim, fico feliz no embate dos dois, com Michael Stuhlbarg e Michael Shannon aparecendo pouco, mas fazendo valer cada segundinho. Que beleza de série.