The Big Bang Theory (4ª temporada) - Os produtores e roteiristas da série arranjaram uma "namorada" para Sheldon tão (ou mais?) estranha do que ele. Interpretada por Mayim Bialik, do saudoso seriado Blossom, a tal amizade colorida chega a irritar às vezes. Mas gostei da volta de Bernadette, a meiga namorada de Howard. The Big Bang Theory falha quando aborda situações relacionadas a sexo, exagerando nos diálogos, principalmente quando Amy Fowler, a garota de Sheldon, está envolvida. Compensa quando trata da nerdice do quarteto com a maior naturalidade do mundo.
Modern Family (2ª temporada) - Tão engraçada quanto a temporada anterior, mas mais emotiva. Os roteiristas deixaram Phil Dunphy mais sensível, o tornando um pai de família carismático ao olhar do público. O casal gay Mitch e Cam se mostra não tão perfeito, enquanto Jay continua um rabugento, porém mais aberto a ter uma relação de pai e filho com o enteado. Não há excessos e os diálogos e situações continuam na medida certa. O talento de Sofía Vergara está sendo melhor aproveitado e agora ela já não causa mais a impressão de ser apenas a latina sensual da história.
Community (2ª temporada) - Tentaram colocar o ex-professor de espanhol Señor Chang no time do elenco fixo, mas ainda acho que o personagem de Ken Jeong é subaproveitado. E se o absurdo é a ideia principal de Community, essa temporada acaba soando forçada em vários episódios. Ultimamente, os personagens de Chevy Chase e Yvette Nicole Brown não têm outra função senão a de ser coadjuvantes irritantes. Apesar de ainda ter seus momentos engraçados, parece que a originalidade e o humor estão se esgotando a cada semana. E embora seja criativo, o episódio de Natal em stop motion chega a ser chato.
The Walking Dead (1ª temporada) - Uma das boas surpresas do ano. Baseada numa graphic novel, a série de zumbis deixa o terror um pouco de lado - mas não o suspense - e aborda dramas pessoais e questões de sobrevivência. Recicla o déjà vu de um grupo de humanos frente a uma situação apocalíptica graças ao ótimo desenvolvimento de personagens, evitando tratar a morte como um mero exercício para que equipes de maquiagem e efeitos visuais mostrem seus dotes. E como não torcer para um herói que parece ser de carne e osso, como Rick Grimes (Andrew Lincoln)?
Boardwalk Empire (1ª temporada) - Produzida por Martin Scorsese, traz um elenco de nomes já consagrados pelo cinema (anota aí: Steve Buscemi, Kelly MacDonald, Michael Pitt, Michael Stuhlbarg, Michael Shannon, Gretchen Mol). Talvez eu tenha criado expectativa demais para a série - quem não criaria? -, mas não há o que questionar quanto às suas qualidades técnicas. É uma produção para se envolver aos poucos. Logo no início, senti falta de alguns personagens que pareciam ser meras muletas para o protagonista interpretado por Buscemi, mas voltei a acompanhá-la com um olhar mais concentrado na trama.
Sherlock (1ª temporada) - A BBC teve a ideia pouco original de criar uma série sobre Sherlock Holmes nos dias atuais. A inteligência e a obsessão continuam as mesmas, mas suas ferramentas de trabalho, quanta diferença! Sherlock é uma grata surpresa, com sua trama tanto inteligente quanto envolvente. Benedict Cumberbatch e Martin Freeman estão perfeitos como Holmes e John Watson, respectivamente. É um programa que deve agradar os geeks amantes de tecnologia, os fãs do personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle e quem procura por algo realmente bom para assistir.
The IT Crowd (4ª temporada) - O seriado britânico sobre um grupo de funcionários de TI que trabalha numa grande empresa ainda tem energia para uma quinta temporada. Agora, se vai conseguir se renovar é outra história. Eu, particularmente, nunca gostei muito do personagem Douglas Reynholm, o chefe incompetente e tarado, mas Moss, Roy e Jen formam um trio hilário. Assim como The Big Bang Theory, a série faz piada com nerdismos, geekismos e cultura pop, mas investe em diferentes situações inacreditáveis para explorar a personalidade bizarra dos protagonistas.
* Mencionei apenas os seriados cujas temporadas de 2010 acompanhei. Leia sobre mais séries neste post.
2 comentários:
Ah, dessas só assisto ao The Big Bang Theory, e ainda estou atrasada. :-( Mas estou super curiosa pra ver The Walking Dead e Sherlock!
Também senti a mesma coisa sobre Boardwalk Empire lá no segundo episódio. Depois vi que estava equivocada - e vou além: se Steve Buscemi é o centro absoluto, ele há de tomar cuidado, pois Michael Pitt está prontinho para roubar as cenas. Não me importo tanto - para mim, fico feliz no embate dos dois, com Michael Stuhlbarg e Michael Shannon aparecendo pouco, mas fazendo valer cada segundinho. Que beleza de série.
Postar um comentário