domingo, 26 de fevereiro de 2012

Em dia de Oscar...

... dou uma de que não liga, mas fico ansiosa para chegar logo o horário. Não vou repetir o que escrevi ano passado, embora continue pensando mais ou menos da mesma maneira.
Este ano, dos nove indicados, não assisti O Homem que Mudou o Jogo, Histórias Cruzadas e Tão Forte e Tão Perto. Destes, só assistiria ao primeiro no cinema, pois o que li sobre os outros dois não me chamou muito a atenção a ponto de pagar caro num ingresso para ver na telona.
Os outros indicados a melhor filme em ordem de preferência:

1) O Artista - Ao contrário de muitos comentários, não acho que este seja um "filme de Oscar" (basta ver uma lista com os vencedores dos últimos 70 anos). Mas daí aparecem os "malas do contra", que gostam muito de algum filme que ficou fora ou um concorrente indicado. Sem querer generalizar, mas vejo o perfil de gente que acha Avatar (bocejo) e/ou Cisne Negro (bocejo novamente) o máximo. Pior são os argumentos de que "filme em preto e branco E mudo dá sono" ou que "a história é muito simplória". Mas como já mencionei antes, apaixonei-me por O Artista e nada tira o seu mérito.

1) Meia noite em Paris - Empate de preferência. Também já escrevi um comentário sobre este memorável filme de Woody Allen aqui.

2) A árvore da vida - Não achei extraordinário e, em alguns momentos, até fiquei impaciente. Mas a beleza da composição das imagens e a história central fizeram dele um filme diferente do que costumo assistir, a ponto de me emocionar e refletir sobre ele após o término da sessão.

3) A invenção de Hugo Cabret - Não querendo ser pedante, mas eu tiraria o Hugo Cabret e deixaria apenas "a invenção". Um longa (até bem mais do que necessário) metragem que parece perdido entre a fábula infantil e a declaração de amor ao cinema. Na primeira, Martin Scorsese não parece ter sido bem sucedido, mas na segunda, cativa e emociona.

4) Os Descendentes - Um daqueles tipos de filmes que não fazem a menor diferença na minha vida e que até esqueço ter assistido. Falava-se tanto na atuação de George Clooney que até esperei algo diferente do que ele costuma fazer - tipo Um homem misterioso -, mas é mais do mesmo. 

5) Cavalo de Guerra - Esse me deu sono de verdade. Desnecessariamente longo, piegas e com uma sequência forçada numa fazendinha francesa, que acaba gerando outra cena boba no final. Recomendado para quem considera Spielberg o maior gênio do cinema de todos os tempos e defende qualquer coisa que leve o nome do diretor/produtor.

Demais categorias compreendidas como "principais" 
Ator: Minha preferência se divide entre Jean Dujardin (O Artista) e Gary Oldman (O espião que sabia demais), mostrando que um ótimo ator não precisa de muitas palavras - ou nenhuma - para expressar o talento. Não vi o filme de Damián Bichir (Uma vida melhor não estreou), não achei a atuação do Clooney grande coisa e não gosto do Brad Pitt. 
Atriz: Não assisti a nenhum dos filmes pelos quais as atrizes foram indicadas - por falta de interesse (Millennium, A dama de ferro e Histórias Cruzadas), porque não tive tempo de ver (Albert Nobbs) ou ainda não estreou (Sete dias com Marilyn).
Ator coadjuvante: Só sei das atuações soberbas de Christopher Plummer (Toda forma de amor) e Nick Nolte (Guerreiro). 
Atriz coadjuvante: Outro que só conheço o trabalho de duas indicadas: Bérénice Bejo (O Artista) e Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento). Mas são trabalhos bem diferentes.
Diretor: Única categoria principal na qual posso palpitar sobre os cinco indicados! Como não considero o conjunto da obra (vide Martin Scorsese) nem o lado fangirl (Woody Allen), fico entre Michel Hazanavicius (O Artista) e Terrence Malick (A árvore da vida). 
Roteiro original: Só não vi Margin Call. Gosto dos demais indicados, mas me divido entre Meia noite em Paris e A Separação.
Roteiro adaptado: Nesta categoria, não conferi O Homem que Mudou o Jogo. E como não entendo a presença dos outros indicados (A invenção de Hugo Cabret, Os Descendentes e Tudo pelo poder), com certeza O Espião Que Sabia Demais é o que mais merece.
Trilha sonora original: Não é considerada categoria principal, mas como adoro trilhas sonoras e também posso palpitar sobre todas as indicadas, quero que a estatueta fique com John Williams (por As Aventuras de Tintin, e não o meloso Cavalo de Guerra) ou Ludovic Bource (O Artista). 

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